<font color=990000>A questão das alternativas</font>
No sábado de manhã, em Serpa, na sala do plenário, foi a vez de debater «A crise do capitalismo; a complementaridade na luta dos movimentos sociais e dos partidos revolucionários; a questão das alternativas». Na mesa, dirigidos por José Paulo Gascão, estiveram Henri Alleg, Isabel Monal, Umberto Martins e Rui Namorado Rosa.
Coube ao escritor Henri Alleg a primeira intervenção. Destacando a ofensiva ideológica que o capital move, com a qual pretende impor o derrotismo e a submissão, o comunista francês realçou que a vitória do imperialismo não é certa. E exemplificou com o Iraque, onde as tropas dos EUA não conseguem dominar praticamente nenhuma cidade. «Os povos têm uma palavra a dizer. Há milhões de pessoas em todos os países que querem um outro mundo», afirmou Alleg.
Após considerar que o desaparecimento da União Soviética trouxe desilusões a «muitos combatentes», o jornalista francês lembrou que se começa a desenvolver o «alargamento cada vez mais vasto de consciências de que o mal vem do imperialismo, do sistema capitalista». Mas ter consciência disto não chega, destacou Henri Alleg, é necessária uma acção organizada. Para o jornalista comunista, a luta será dura e por vezes violenta. Mas, confia o velho combatente, «é um mundo novo que vai nascer»!
A cubana Isabel Monal, professora da Universidade de Havana, destacou que o capitalismo neoliberal e a chamada globalização avançaram muito desde o início dos anos 90. Segundo a universitária cubana, é já a própria imprensa burguesa e muitos intelectuais ao seu serviço a falar em «império» e «imperialismo». Isabel Monal chamou a atenção para o que considera a «barbárie quotidiana» que se vive na América Latina. Nas décadas de 80 e 90, enquanto que nos países desenvolvidos se verificou um crescimento económico, na América Latina isso não aconteceu e a chamada «democratização» apenas trouxe mais liberalismo e miséria. Para Isabel Monal, é fundamental ampliar a aliança anticapitalista e pôr na ordem do dia a alteração do sistema.
Para o professor Rui Namorado Rosa, um dos editores de Resistir.info, a caracterização de imperialismo feita por Lenine está plenamente actual. «As corporações transnacionais são as versões contemporâneas dos monopólios de há um século atrás», afirmou o professor da Universidade de Évora. Mas, destacou, o «seu grau de concentração e extensão geográfica foram muitas vezes multiplicados».
Umberto Martins, escritor e jornalista brasileiro, começou por afirmar que «antes de se constituir em teoria, a crise do sistema capitalista-imperialista é hoje uma realidade à flor da pele em todo o mundo». Um realidade que se manifesta «através do desemprego em massa, da tendência para a estagnação económica, da instabilidade monetária internacional». Para o jornalista brasileiro, os movimentos sociais e o movimento operário «ainda carecem de uma análise consensual sobre as características e perspectivas de evolução desta crise», embora haja, reconheceu, uma convergência sobre alguns aspectos. Para Umberto Martins, a crise não terá solução espontânea nos marcos do capitalismo favorável à civilização, pois expressa a dissonância entre os interesses do capital financeiro e os interesses da humanidade». A vitória do socialismo sobre a barbárie capitalista só pode ser alcançada na «luta sem tréguas contra o imperialismo e após a derrota do unilateralismo criminoso dos EUA».
Coube ao escritor Henri Alleg a primeira intervenção. Destacando a ofensiva ideológica que o capital move, com a qual pretende impor o derrotismo e a submissão, o comunista francês realçou que a vitória do imperialismo não é certa. E exemplificou com o Iraque, onde as tropas dos EUA não conseguem dominar praticamente nenhuma cidade. «Os povos têm uma palavra a dizer. Há milhões de pessoas em todos os países que querem um outro mundo», afirmou Alleg.
Após considerar que o desaparecimento da União Soviética trouxe desilusões a «muitos combatentes», o jornalista francês lembrou que se começa a desenvolver o «alargamento cada vez mais vasto de consciências de que o mal vem do imperialismo, do sistema capitalista». Mas ter consciência disto não chega, destacou Henri Alleg, é necessária uma acção organizada. Para o jornalista comunista, a luta será dura e por vezes violenta. Mas, confia o velho combatente, «é um mundo novo que vai nascer»!
A cubana Isabel Monal, professora da Universidade de Havana, destacou que o capitalismo neoliberal e a chamada globalização avançaram muito desde o início dos anos 90. Segundo a universitária cubana, é já a própria imprensa burguesa e muitos intelectuais ao seu serviço a falar em «império» e «imperialismo». Isabel Monal chamou a atenção para o que considera a «barbárie quotidiana» que se vive na América Latina. Nas décadas de 80 e 90, enquanto que nos países desenvolvidos se verificou um crescimento económico, na América Latina isso não aconteceu e a chamada «democratização» apenas trouxe mais liberalismo e miséria. Para Isabel Monal, é fundamental ampliar a aliança anticapitalista e pôr na ordem do dia a alteração do sistema.
Para o professor Rui Namorado Rosa, um dos editores de Resistir.info, a caracterização de imperialismo feita por Lenine está plenamente actual. «As corporações transnacionais são as versões contemporâneas dos monopólios de há um século atrás», afirmou o professor da Universidade de Évora. Mas, destacou, o «seu grau de concentração e extensão geográfica foram muitas vezes multiplicados».
Umberto Martins, escritor e jornalista brasileiro, começou por afirmar que «antes de se constituir em teoria, a crise do sistema capitalista-imperialista é hoje uma realidade à flor da pele em todo o mundo». Um realidade que se manifesta «através do desemprego em massa, da tendência para a estagnação económica, da instabilidade monetária internacional». Para o jornalista brasileiro, os movimentos sociais e o movimento operário «ainda carecem de uma análise consensual sobre as características e perspectivas de evolução desta crise», embora haja, reconheceu, uma convergência sobre alguns aspectos. Para Umberto Martins, a crise não terá solução espontânea nos marcos do capitalismo favorável à civilização, pois expressa a dissonância entre os interesses do capital financeiro e os interesses da humanidade». A vitória do socialismo sobre a barbárie capitalista só pode ser alcançada na «luta sem tréguas contra o imperialismo e após a derrota do unilateralismo criminoso dos EUA».